sexta-feira, 1 de novembro de 2013

CAROLINA: esposa, mãe, mulher!


 “Carolina: esposa, mãe, mulher!” oferece aos leitores o relato das vicissitudes de uma mulher que, ao colocar sua família acima de tudo, deixa de lado a própria felicidade, vivendo ao lado de um homem que não reconhece nela a grandeza da doação e a força para manter sua família unida e feliz.
O romance apresenta uma leitura fácil e podemos, muitas vezes, nos reconhecer na figura de Carolina, uma mulher comum, professora, mãe, amiga e acima de tudo, autodeterminada. Construiu sua vida através de seu trabalho e de sua perseverança e mesmo nos momentos de grande depressão não desistiu de lutar.
Altruísta, Carolina não deixou de agradecer ao marido os filhos maravilhosos que teve com ele e também soube perdoá-lo por todas as tristezas e decepções de uma vida em comum.
Zilda Costa soube tratar nesse romance da vida de uma mulher que, assim como outras Carolinas, soube trilhar caminhos que levam à vitória, sem autopiedade e consciente de seu próprio valor.
Agradeço a Zilda Costa esse presente de grande valor, o de ter a oportunidade de apresentar esse romance que, certamente, levará os leitores a uma reflexão sobre a importância do papel da mulher na formação da família. 



 Rita de Cássia L. Damião Zangrandi
                                      Professora, esposa e mãe.  

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Artigo polêmico





Folheando a revista Super Interessante deparei com um artigo que me chamou a atenção: A reinvenção na escola.
Gostei muito  da introdução que dizia:
“Sim, o professor vale mais que o Neymar. E sem investir neles o Brasil continuará semianalfabeto, mas a solução só virá mesmo com algo maior: uma revolução nos métodos de ensino”.
Minha curiosidade se aguçou. Vamos ver então o que está propondo o educador português José Pacheco.
De início uma professora faz um comentário, muito admirada como se fosse algo de inédito: “os alunos estão saindo do ensino fundamental sem saber decifrar palavras.” Nossa! Só isso que ela percebeu? Se tivesse analisado as demais matérias teria se admirado ainda mais. A educação está em estado caótico, cara professorinha! Primeiro, os alunos não estão saindo do ensino fundamental, estão empacando no ensino fundamental, pois no nono ano são avaliados e constatam que não têm condições de prosseguir para o ensino médio. É por essa razão que vemos tantos adolescentes ociosos, pois não têm condições de continuar os estudos e não conseguem também arrumar emprego. Servente de pedreiro, talvez, que não necessita realizar cálculos, mas isso muitos não querem. Preferem partir para dinheiro fácil e aí caímos na realidade dura e assustadora dos nossos dias.
Daí entra o tal José Pacheco, dizendo:
-A escola reproduz um modelo baseado na decoreba de assuntos desconectados da prática e não consegue estimular os alunos a aprenderem nem sequer o tal “mínimo”.
Ri para não chorar: tinha que sobrar para o professor!
- O professor pode ganhar dez vezes mais que não vai adiantar se continuarem a repetir as práticas de hoje. A solução é mudar a cultura da escola- completou.
Achei que ele está um tanto desatualizado, pois com o construtivismo muito coisa foi mudada, as escolas têm computadores e todos os alunos já têm um conhecimento mínimo de como lidar com eles, para jogar, por exemplo, eles apresentam completo domínio.
Mas ainda esperançosa, continuei a leitura em busca de uma solução para resolver o nosso maior problema, pois tudo depende de um povo bem preparado, não é o que vivem dizendo? Pois é...
Tomei conhecimento do projeto por ele sugerido: o conhecimento é assimilado de forma integrada, tudo ao mesmo tempo. Os alunos desenvolvem projetos sobre assuntos de seu interesse, em equipe. Não são separados por idades nem por conhecimentos já adquiridos. O professor desce do pedestal. A descentralização da autoridade e a valorização da liberdade do aluno são marcas centrais dessa escola inovadora.
Será que tem chance de dar certo? Como será que pretendem por essa ideia em prática?
Quando se trata de teoria é fácil. Colocam os alunos como membros interessados no processo educativo, ávidos por conhecimentos, com total domínio sobre regras sociais para trabalhar em equipe.
Não li em nenhum parágrafo como seria explorada a aprendizagem da língua portuguesa, nem abordagem sobre produção dos diversos tipos de textos. Também nada foi colocado sobre como os alunos exercitarão cálculos. Isso é o que podemos chamar de projeto desconectado, não acham?
Caí num desânimo total. A progressão continuada ainda tem chance de ser mais prejudicial, com a inclusão e total liberdade dos alunos para escolher o que desejam aprender será o caos total. E se, num acúmulo de quarenta alunos, cada um tiver uma ideia? E pode ter certeza que ideia eles têm, são espertos, criativos, têm energia para dar e vender, mas são sem educação que além de não vir de casa, a escola também não está tendo condições de acrescentar nada. Não estou vendo saída. Pensei que estivessem preocupados em resgatar valores, incentivar atitudes coerentes,mas foi mera ilusão...

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Carolina, esposa, mãe, mulher!



 Dedico esse livro a todas as mulheres que acreditam:
 - que o LAR é de extrema importância para uma criança, este o moldará em seu caráter e em sua perspectiva de vida.

- que toda criança precisa de amor, cuidado, proteção e da felicidade que só um lar estruturado pode oferecer.
- que os pais devem se preocupar em ensinar, instruir os filhos não só por palavras, mas também com ações, pois crianças precisam de bons exemplos para seguir.

-que se o lar for bom, provavelmente colherão bons frutos, enquanto se o lar for mal estruturado, destruído, cheio de vícios, más condutas, possivelmente as crianças serão levadas à desobediência, à desonestidade e posteriormente à delinquência.

- que ao se unir em matrimônio, a caminhada não será fácil, entre as flores, existirão também os espinhos, mas que o amor pelos filhos e pela família terá que prevalecer sempre, pois só assim todos os membros terão o alicerce seguro e o aconchego para vencerem todas as intempéries da vida.

Lançamento ainda esse ano!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

HOMENAGEM A MEU PAI

                                                                  A Cadeira
A cadeira continua na varanda.
 O sol a encontra no mesmo lugar.
Também as flores apresenta a mesma beleza.
 Só você não está mais aqui.
Você que me acalentava no colo.
 Que me fazia dormir.
Sentada nessa cadeira.
Quantas histórias ouvi.
Olhando a cadeira vazia.
uma lágrima teima em cair.
Tudo permanece igual,
 mas você não está mais aqui.

 INTENSAMENTE- Zilda Costa .

sexta-feira, 14 de junho de 2013

AINDA É TEMPO DE SER FELIZ

A vida é um presente de Deus e o nosso planeta nos oferece tudo de graça para sermos felizes, Temos o sol que aquece as nossas manhãs, expulsando o orvalho da noite, a natureza repleta de belezas naturais, alimentos e água para saciar a nossa sede. Recebemos tudo isso e mais a capacidade através dos cinco sentidos para desfrutar da melhor maneira e ter uma convivência harmoniosa com todos os seres. Quando aqui chegamos ainda somos acolhidos por uma família com um teto para nos abrigar, nos proteger e inserir em nós as noções básicas para crescermos e buscarmos a nossa felicidade. Foi para isso que viemos ao mundo, para ser felizes, para amar e ser amado, para dar continuidade à espécie e finalmente regressar ao paraíso deixando aqui marcas de nossa passagem. Por que então as pessoas estão todas tão infelizes? Por que tantas doenças assolando e maltratando homens e animais? Por que a fúria da natureza que revoltada contra a espécie humana avança enfurecida derrubando casas, destruindo vidas, espalhando mortes prematuras e sofrimentos? É que a espécie humana se desvencilhou do caminho proposto por Deus. Enquanto Ele propõe AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO o homem corre atrás de riquezas, bens materiais que possam lhe trazer poderes, prestígio, na ânsia de se destacar no meio onde vive. Não mede esforços, passando por cima uns dos outros, desprezando sentimentos, valores verdadeiros numa busca desesperada e sem fim. Sofrimentos, infortúnios são meios de crescimento para o ser humano o qual deve aceitá-los e confiar em dias melhores agradecendo pelas pequenas coisas que tem e não enfocando nas mazelas que é comum a todos. Mas, o homem usa da blasfêmia renegando o Criador, não utilizando da fé. Fere dessa forma também o segundo mandamento deixado por Deus que é NÃO USAR SEU SANTO NOME EM VÃO. Não tendo confiança chega-se ao desespero. Cego pela luta incessante para atingir o topo de sua ambição, na corrida desabalada em busca de bens materiais que o tornarão poderoso aos olhos de todos, ele não é bom filho, nem bom companheiro, nem bom amigo e nem tão pouco bom pai. Ele não tem tempo, tudo lhe parece futilidade. Enquanto o terceiro mandamento manda GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA ele só pensa em trabalho, em planejamentos que lhe rendam mais e mais. UM POUCO DO QUE SERÁ ESSE LIVRO!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Refletindo sobre a nova lei das domésticas

As secretárias do lar comemoram a nova lei a elas aplicada como se fosse algo de muito bom, uma conquista como poucas. Os grupinhos se reúnem para alertarem uma as outras para que fiquem bem atentas com os patrões como se estivessem falando de inimigos que querem prejudicá-las. Mas, será que é isso mesmo? Será que essa nova lei e seus artigos repletos de reivindicações irá mesmo resolver o problema dessa classe trabalhadora que está deixando de fazer parte de uma família onde era amada e respeitada para ser apenas uma profissional repleta de direitos? O que entrevejo, na realidade, é um alto nível de desemprego: pessoas desamparadas, após anos de dedicação pelo simples fato dos patrões não terem condições de arcar com tantas despesas inesperadas.      Quem poderá ter esses profissionais a seu serviço? Certamente não os professores, nem os pequenos empresários e nem, tampouco, casais que estão se iniciando na vida profissional. Lembro-me com saudade da vida no sítio onde nasci. Tínhamos vários empregados que faziam um pouco de tudo. As mulheres cuidavam de nós crianças, da roupa da família, da fabricação de polvilho, farinha de mandioca, sabão de pedra- tudo produto retirado da terra cultivada pelos respectivos maridos. Não havia esse consumismo de nossos dias. À tarde iam para suas casas levando um pouco do tudo também que haviam produzido durante o dia e que garantiam o sustento da própria família. Minha mãe estava sempre supervisionando todo trabalho das mulheres enquanto preparava o almoço para todos. Também nas horas de folga costurava para famílias que lá trabalhavam. Tudo grátis, muitas vezes até os tecidos. Era um trabalho conjunto em que todos saiam ganhando. Todos eram amigos, compadres, enfim pessoas que se respeitavam e que eram unidos por uma sincera amizade. As crianças eram ensinadas a tratar todos os mais velhos com respeito, patrões e empregados. Quando fomos para a cidade estudar não foi diferente. Tínhamos uma moça que me ajudava nos trabalhos de casa, pois meus pais continuavam no sítio e minha irmã já trabalhava fora. Essa jovem era tratada como pessoa da família: alimentava-se de nossos alimentos, usava nosso sabonete e xampus e era monitorada nos trabalhos da escola por nós que estávamos sempre em séries mais adiantadas. Isso sem contar que meu pai comprava todo material escolar também para ela no começo do ano. Quando aparecia um trabalho melhor ou ela por vontade própria decidia sair, não havia brigas nem confusões judiciárias. Por outro lado, quando não correspondia às nossas expectativas ,também a dispensávamos e ia cada um buscar livremente os seus objetivos. Tudo isso me põe a refletir:- será mesmo que estão resolvendo problemas ou mais uma vez estão iludindo pessoas inocentes, deslumbradas com frágeis promessas que estão muito fora de nossa realidade? É importante reconhecer que nem sempre valores monetários prevalecem para nos proporcionar uma vida de amor, paz e harmonia que constitui a verdadeira felicidade. Zilda Costa

sábado, 13 de abril de 2013

EXPERIÊNCIAS MARCANTES COM PAIS INCONSEQUENTES



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  Outra experiência que não posso deixar de relatar foi quando eu estava já por me aposentar, com a papelada quase toda concluída.
  O caso foi com um vizinho que sempre se preocupou com o meu modo de ser. Criticava muito a falta de liberdade que dizia darmos às nossas filhas, pois elas tinham hora para tudo. Brincar na rua era só a tardezinha quando já haviam realizados todas as responsabilidades a elas conferidas. Quando adolescentes o pai levava e buscava a porta se fosse a alguma festinha e quando mais mocinhas só iam a bailes de formatura ou de algum evento especial. O namoro então era muito controlado mesmo, em todos os sentidos; não sei por que isso incomodava as pessoas e em especial esse senhor.
  Surpreendi-me até quando essa família insistiu em colocar uma filha adotiva, cheia de mimos também, sob meus cuidados por eu ser exigente. Ela me amava e eu, embora me desse bastante trabalho, gostava muito dela também. O meu retorno para casa chamava a atenção das pessoas, vários de meus alunos me acompanhavam até minha casa, muitas vezes até mudando o caminho deles. Eu aproveitava para aconselhá-los discutíamos problemas das equipes que era um método muito divertido que introduzi nas aulas de educação física, falávamos de futebol, da família deles, enfim de qualquer assunto que surgia no momento.
 Talvez por isso, na minha aula ela não aprontava, apresentava muita dificuldade na aprendizagem e exigia atenção contínua quanto à dispersão: perdia-se no tempo e no espaço, com pequenos entretimentos deixando muitas anotações em falta.
   Mas, durante o recreio, era quase todo dia enviada para a diretoria, ficando após a conversa de castigo no corredor.
  Um dia aconselhando a turma coloquei o quanto era humilhante essa situação. Enalteci as crianças que recebiam elogios pelos méritos e falei que todos nós podíamos tornar-nos famosos por ter feito uma coisa boa ou por ter feito uma coisa má. Disse:
- Vocês não vêm na televisão? Nós vemos pessoas que se destacam por seus talentos e pessoas que se destacam por ser marginais.
 No dia seguinte, a diretora que já me conhecia há anos, sabia o meu carinho com os meus alunos e que definitivamente eu não era burra para dizer uma coisa desse nível me contou como se fosse a piada do dia: o pai da tal garota fora à escola me denunciar porque eu a havia chamado de marginal.
  A diretora me disse que aproveitou para expor ao pai o comportamento deplorável da menina na escola.
Texto retirado do livro: Se os pais e professores derem-se as mãos!
O meu objetivo ao escrever esse livro foi de passar para os pais a importância da parceria com a Escola do filho. Diante de uma reclamação nunca acreditar de imediato na versão dos filhos. O correto é primeiramente tomar conhecimento das duas versões. Sempre a escola e a professora têm seus motivos pela atitude tomada. Mesmo no caso dessa professora que está sendo processada pelos pais, o objetivo dela"poderá ser" de  mostrar como os alunos não levam a sério uma prova, como a menina foi desrespeitosa com ela. A atitudetomada pelo  pai estimulará ainda mais essa menina a ser inimiga dos membros da escola e o prejuízo será mais dela.
Exemplificando darei continuidade ao texto acima que foi uma situação real do meu dia a dia como educadora.
Essa menina foi para outra escola cursar a quinta série. Como é minha vizinha, não pude deixar de seguir os passos dela. Continuei a procurar saber de sua vida escolar. A resposta era sempre:- Tudo bem, sora!
Depois de alguns anos já a vi chegando a casa com namorados. Digo isso porque sempre era um diferente. Até que um dia pareceu grávida. O pai da criança não tinha condições de assumir e antes mesmo do filho nascer foi preso por tráfico de drogas.
Os pais a apoiaram, como tinha mesmo que ser, pois quando envolve um ser inocente temos mesmo é que proteger. A criança nasceu e ela vivia com os pais continuando a visitar o “namorido” (Achei horrível essa palavra quando a ouvi pela primeira vez) na prisão. Um dia, lamentavelmente fiquei sabendo que ela foi encarcerada também por ter conduzido drogas para dentro da penitenciária. Continua presa. Quando vejo a filhinha dela, meu coração chora. Sinto também pena dos pais, mas são os frutos que colheram de uma educação falha.
Outro dos alunos aqui citado também se envolveu com drogas. Esteve em uma clinica e agora perambula pelas ruas, não sei qual o objetivo se, se dedica a alguma ocupação.
É comprovado então que devemos estar muito atentos e ser muito presente na vida de nossos filhos e participar da vida escolar sempre, pois a escola também tem o objetivo de formar cidadãos íntegros. A escola tem que ser uma continuidade do lar e só conseguiremos isso “se os pais e professores derem-se as mãos."