Jornal Lorenense 10/03/2016
Um
dos assuntos muito discutido e criticado em nosso meio é, sem dúvida, a
literatura de autoajuda. Muitos incrédulos chegam mesmo a intitular o escritor
de oportunista, que se aproveita da ingenuidade alheia, o que leva a concluir
que esses escritores, não são pessoas sérias. Mas, em defesa, podemos afirmar que
autores considerados sérios, sem nenhuma sombra de dúvida, escreveram livros de
autoajuda. “ Entre eles, o filósofo e matemático inglês Bertand Russell, autor
de A Conquista da Felicidade e o psicólogo americano Albert Ellis, que criou a
TCER - Terapia do Comportamento Emotivo Racional, e escreveu vários livros,
entre eles, Como Conquistar sua Própria Felicidade. Ellis não tinha nenhuma
vergonha de dizer que escrevia livros de autoajuda, relatando casos de pessoas
que leram seus livros e que tiveram melhoras consideráveis face às adversidades
da vida”. J.Augusto Wanderley.
Senti
necessidade de escrever meu primeiro livro de autoajuda, considerado
por muitos, um campo à margem da esfera cultural, após passar pela dolorosa
experiência de uma depressão, que me levou ao labirinto mais profundo de dor e
sofrimento. Minha cura passou por todo um processo com um psiquiatra competente,
que me orientou, me medicou e me mostrou o outro lado da vida, até então por
mim desconhecido. Esses conhecimentos fizeram com que eu mudasse de atitude e a
essa mudança, atribuo a minha cura completa e meu crescimento espiritual.
No
livro “Depressão, não deixe que esse mal atinja você”, coloquei toda minha
trajetória, desde os sintomas até a cura. Esse livro promove a cura da
depressão? Não posso afirmar isso, mas que a pessoa que fizer essa leitura com
interesse, pode melhorar seu estado letárgico, ser incentivada a procurar a
cura, a ser uma pessoa melhor, isso eu já constatei com muitos depoimentos que
me deixaram feliz e realizada.
Em
uma depressão ou síndrome do pânico, o medicamento é essencial para sanar os
primeiros sintomas da doença, mas a cura mesmo se faz com a mudança de
comportamento, com a busca de realizações e com o afinco de esforçar-se para
conseguir isso. É aí que entra a literatura de autoajuda, pois o fato é que não
existe ninguém que tenha chegado ao sucesso, ou que tenha superado as
adversidades da vida, que não tenha tido algum tipo de ajuda de outros. Porém,
são poucas as pessoas dispostas a ajudar.
Com
o livro é diferente, o leitor sentado confortavelmente em seu quarto, relaxado,
poderá entregar-se a uma leitura na qual se identificará em muitos momentos e
isso funcionará como um incentivo, pois ele concluirá: “ se alguém conseguiu se
recuperar tornando-se até mesmo uma pessoa melhor, porque o mesmo não poderá
acontecer comigo? ”
Todo
tipo de literatura nos faz crescer, quer pelo rico vocabulário que irá ampliar
o nosso, quer pela emoção de uma linda história que chega a arrancar lágrimas e
suspiros e até mesmo para nos tornar críticos, levando-nos a avaliar qual tipo
de literatura não nos agrada e aquela que passaremos a indicar para outras
pessoas.
Então,
concluindo, pedimos aos incrédulos, céticos, cínicos e aos raivosos que sejam
mais ponderados na crítica, pois o livro de autoajuda, é sem dúvida, um
mecanismo eficiente, ao qual lançamos mão numa hora de necessidade e desespero.
Nós escritores dessa literatura, não pretendemos endeusar-nos, sentir-nos donos
da verdade, com poderes especiais, pois isso realmente é mito, mas esses
críticos, hão de convir que diante de um quadro de grande dor e desespero,
familiares e amigos lançam mão de tudo na tentativa de amenizar esse tormento.
Diante de um poema, a princípio com versos tão sentidos que culmina com
vitória, cura, felicidade, por quê, repudiar essa literatura? Afinal mal não
irá causar, pelo contrário, só irá ajudar.
“De
repente, deixei de sonhar, deixei de amar
Passei a
sofrer... Deixei de viver
Deixei
de sentir o aroma das flores
Já não
ouvia o sussurro da fonte
Surda
fiquei ao gorjeio dos pássaros
Que ao
entardecer cruzavam o horizonte! ” (TOLEDO, Zilda, 2007, p.13)
....
“Voltei
a sonhar
Voltei a
amar
Deixei
de sofrer
Voltei a
viver! “ (Toledo, Zilda, 2007, p.14)
Zilda
Costa: com quatro livro de autoajuda publicados
Ocupa a
cadeira n° 53 na Academia de Luminescência Brasileira_ ALUBRA e a cadeira n° 24
na Academia Lorenense de Letras e Artes- ALLARTE
Boa tarde, blog querido!!
ResponderExcluirAproveitando a tarde da sexta-feira pra vir te visitar e sair encantada.
Muito bom estar por aqui!
Beijo ternurento
Clau Assi