segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

QUEDA DE VALORES



SIMPLESMENTE MULHER
 Mulher! Era o símbolo do amor
Rainha do lar comparada a uma flor
Era elogiada, em versos cantada
Faziam-lhe a corte, beijavam-lhe a mão
Simbolizava ternura, pureza
Não era preciso exibir a beleza
Bastava ser mulher para ser admirada
Discreta, envolvida em delicadeza.

Musa inspiradora de muitas poesias
Em que o amado por ela sofria
Embaixo da janela, linda serenata
Cantando o amor, nas noites se ouvia

Mulheres morenas, mulheres mulatas
Loiras, negras, mulheres... Marias
Onde estão os seus brios?

 Hoje melodias, estridentes, sem nexo
Vulgarizando-as, desclassificando-as...
Não enaltecem nem cantam o amor, apenas o sexo.

Não se reconhecem mais a linguagem de um olhar
Ou o rosado da face ruborizado por um cálido pudor
Cegos se encontram diante da verdadeira beleza
Não se consegue mais distinguir nos sentimentos, a nobreza

Pobre menina, pobre rapaz!
Infelizes!  Pois o futuro é incerto... Nada satisfaz!
Não percebem que a felicidade está perto?
 Renovem conceitos, prescrevam verdadeiras emoções
O amor é ainda o sentimento mais certo.
Aquele que aquece e faz bater mais forte os corações.

Publicado na Antologia- 10 anos Usina de Letras

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